Por: Thiago Heine – Psicólogo em São Paulo, SP – Brasil
Desde o começo da pandemia, uma das queixas que mais escuto não apenas nos atendimentos com meus pacientes, mas também com amigos e amigas próximas, diz respeito a incômodos que todos estão vivenciando por não terem o controle do que está acontecendo.
A esse incômodo podemos dar o nome de angústia, ansiedade, depressão, medo, enfim, um sentimento nada agradável que tem nos visitado com maior frequência e intensidade.
Estávamos acostumados, em nossa vida, a manter a rotina, as nossas atividades, seja no trabalho, em casa ou nos momentos de lazer. Mas, de uma hora para outra, isso nos foi limitado e ficamos confinados.
Isso parece ter gerado em nós um sentimento de impotência, desconforto e, consequentemente, estresse e todo o mais citado antes.
Ok! Mas o que essa situação pode nos ensinar?
Costumo refletir sobre o quanto nós vivíamos, e vivemos, a ilusão de que temos o controle sobre algo. E, mais do que isso, o quanto “perder” essa sensação de controle nos afeta, de maneira direta e prejudicial, a saúde física e mental.
Um vírus, algo minúsculo, conhecido por ser o inimigo invisível, é um dos exemplos que nos mostra que a vida não está em nossas mãos e o quão prepotentes somos ao pensarmos isso.
Temos a possibilidade de não apenas nos desesperarmos com isso, mas também de nos libertarmos desse fardo. Como é bom poder descansar e nos entregar nos braços do nosso amoroso Pai Celestial. Não é mesmo? Ele cuida de nós. Ele tem o controle, nós não.
Isso significa que não precisamos fazer mais nada?
Não. Continuemos fazendo tudo ao nosso alcance para nós e o nosso próximo, vivendo a vida da melhor maneira possível, mas tendo consciência de nossas limitações e não nos deixando afetar tanto quando tudo parecer perdido.